Tempo de leitura: 8min 10sec
Política:
Briga da urna eletrônica esquenta entre TSE e Bolsonaro. Depois do Tribunal ter aberto inquérito contra o presidente, Presidente fez discurso contundente contra Barroso, presidente da Corte Eleitoral. Voltou a citar as fragilidades da urna e voltou a associar Barroso à defesa da pedofilia e disse que sua palavra “não vale absolutamente nada” e ainda completou que não serão admitidas eleições duvidosas e que, se o presidente do TSE continuar insensível aos apelos contra o sistema eleitoral, haverá “um movimento na Paulista para mandar um último recado ao ministro”.
O General Braga Neto, no dia de ontem, aproveitou e reforçou o recado ao presidente da Câmara, Arthur Lira, que não haverá eleições sem voto impresso.
Arthur Lira deve colocar para votar entre hoje e sexta privatização dos Correios.
Inversão de Papéis. No dia de ontem vimos Guedes defendendo o fura teto e Arthur lira defendendo o teto dos gastos, descartando o bolsa família a R$400. O que estamos vivendo? Caso você não seja familiarizado com política, estamos vendo o centrão gastador defendendo corte nos gastos situação que o governo, mais de direita deveria defender, pelo menos, foi esse a campanha e agora vemos uma inversão total de interesses. Tudo porque um governo mais popular em 2022 tem mais chances de se eleger e o centrão, fica menos importante com um governo mais forte.
Em live ontem o Guedes defendeu de forma clara o financiamento do precatório, ou seja, parcelar a dívida que o governo terá que pagar para usar essa reserva financeira com medida eleitoreira aumentando o Bolsa Família para próximo de R$400. Segundo economistas da UBS, esse aumento no valor e quantidade de famílias assistidas, jogará o custo anual próximo a R$100 bilhões/ano o que é muito acima dos R$60 bilhões que o governo conseguiria absorver.
Quanto mais o governo gasta, mais inflação ele gera, mais pressão para aumento dos juros.
Enquanto o governo defende aumentar os gastos, vale lembrar que os custo de juros com o aumento da SELIC já vai consumir boa parte do orçamento, como vemos abaixo:
Economia:
Hoje teremos a SELIC a 5,25% é o que a grande maioria das casas de analise esperam ver no anúncio do Banco Central e com o lobby bancário tão forte e gastos excessivos do governo, não é difícil de esperar um aumento no juros tão elevado assim. E isso no final interessa a quem?
- Aos bancos que começam a captar mais dinheiro na renda fixa
- Aos bancos que consegue subir a taxa de juros nos empréstimos
- Aos bancos que atrai mais capital estrangeiro e vendem reais e aumentam suas reservas financeiras
- Aos investidores estrangeiros que pegam dinheiro a 0,25% nos EUA e aplicam aqui a 5,25%
E para quem esse aumento é ruim?
- A população que paga mais caro no juros e financiamentos
- A população porque terá que pagar mais impostos pois o governo é deficitário e pagará mais juros para honrar seus compromissos, sobrando menos dinheiro para investimentos e custeio
- Aos empresários que terá mais dificuldade de crédito para capital de giro e investimentos
- Aos investidores que verá o valor das empresas diminuírem
Internacional:
Apesar da queda do PMI da Industria da China na semana passada, o PMI de Serviços mostra recuperação e crescimento. Sinalizando que a economia chinesa vem entrando em uma platô de recuperação.
Bovespa:
Ontem foi dia do balanço do Bradesco, que veio dentro do esperado com R$6,31 bilhões no 2Tri e 63% maior que 2020 mas bem longe dos tempos áureos.
Hoje tem Petrobras, que deve reverter prejuízo de R$2,71 para lucro de R$25,38 bi.