Dia da independência brasileira do judiciário
Falar contra o judiciário é um risco atual que poucos ousam atravessar essa linha. Com medidas recentes que faz questionar se há uma ditadura da liberdade, o Supremo Tribunal Federal se coloca mais uma vez como o poder supremo, acima dos outros dois e legisla, julga e executa. Ontem nas redes sociais teve um alvoroço principalmente na base de apoio do Bolsonaro quando o Fachin de forma monocrática derrubou e alterou alguns decretos presidenciais sobre armamento. Passando por cima do pedido de vistas de outro ministro do Supremo ele de forma vaga e abstrata sentencia sobre o fim do posse de arma agindo de forma inconstitucional. Mas se eles são o poder Supremo que não depende de voto popular quem julga o julgador? Manifestações no sete de setembro devem ter suas críticas canalizadas ao judiciário.
Banco Central deixa claro que pode subir mais juros
Em entrevista no dia de ontem, Roberto Campos Neto deixou claro que a deflação que deve ocorrer nos próximos três meses é artificial devida as medidas de corte de impostos nos combustíveis e energia. Preocupa o cenário internacional que se agrava e aqui o Brasil já fez seu dever de casa, mas o Banco Central não irá desistir da sua meta que colocar a inflação na meta.
Muito já temos falado aqui sobre o risco de quando os impostos voltarem a subir no ano que vem, a inflação já junto. No último detalhamento do IPCA, ficou claro que muitos setores como alimentos e principalmente serviços tiveram uma inflação muito elevada e isso preocupa. Apesar do desemprego estar abaixando e chegando nos 9% há uma percepção de escassez de mão de obra, traduzindo em que a mão de obra disponível não é qualificada para os empregos gerados.
Seguindo esse raciocínio RCN deixou claro que na próxima reunião do COPOM o juros poderá ser ajustado mais uma vez para cima, chegando aos 14% e isso pode gerar uma grande turbulência no mercado hoje, ajustando a curva futura de juros e precificando as ações.
Crise na Europa pode ficar ainda pior
Ontem em relatório aos clientes o Commerzbank projetou um cenário sombrio para a Alemanha se a Rússia cortar em definitivo o fornecimento de gás natural. A justificativa oficial é uma parada de manutenção que a Rússia alega ter dificuldades de concertar com as sanções atuais impostos que voltaria o fornecimento normal se não fosse por isso. Fato é que agora a Ucrânia começou seu contra-ataque e tem colocado o país invasor em uma situação de muitas baixas. A popularidade de Putim e sua eminente derrota na guerra que tem apoio da Otan vem forçando o Kremilin a tomar medidas mais radicais.
A Alemanha depende 27% da sua geração de energia do gás russo, que mesmo com seus estoques elevados, não dará conta de passar um inverno com essas restrições. Apagões poderão ocorrer e racionamento na indústria. Soma-se a isso ao encarecimento do petróleo e alimentos e temos a tempestade perfeita.
OPEP anuncia corte na produção de petróleo. Barril dispara
Opep anunciou ontem corte de 100 mil barris de petróleo dia na produção a partir de outubro e ainda deu mais razão e liberdade para Arábia Saudita regular a volatilidade do preços cortando produção quando quiser. Lembre-se que quem sempre estimulou o aumento da produção e a venda é a Russia pela sua forte dependência econômica dessa commoditie, agora ela de fora da OPEP não há contrapontos suficientes.
O barril disparou no dia de ontem, subindo mais de 2%, mas a possiblidade de recessão no hemisfério norte preocupa o futuro da economia.