Café Econômico

Começa a temporada de balanços nos EUA

Pacote de Haddad não empolga mercado

Ontem o ministro da fazenda apresentou medidas de ajuste que pretendem transformar o rombo previsto das contas para esse ano de R$2321 bilhões para superavit de R$11,3 bilhões. Não deu garantias disso, mas disse que vai tentar e que “acha que é bastante realista”. Ao mesmo tempo que o Haddad se demonstra otimista, ele acha difícil de conseguir e estima que o déficit deve ficar entre R$90 e R$100 bilhões. A fórmula mágica? Aumentar impostos.

Questionado sobre o aumento nos combustíveis, disse que só tomará a decisão depois que o novo presidente da Petrobras assumir, o que deve acontecer em abril.

Lula: “Não pode falar gasto, é investimento”

Lula ao ser entrevistado por jornalistas se irrita, quando foi questionado sobre despesas do governo exageradamente alta, que nós, brasileiros teremos que pagar, e orientou a seus ministros a parar de dizer a palavra gasto, agora é investimento. Acusou o mercado de não ter coração. O petista segue seu plano de subverter a realidade em uma retórica de palavras para confundir a cabeça do menos culto. Gasto é aquilo que você utiliza para manter as coisas funcionando. Investimento é valor que você utiliza para trazer melhorias e performance no longo prazo. As medidas do Lula são meramente eleitoreiras, permanentes e sem nenhum tipo de eficácia no médio prazo.

Americanas, a maior queda da história em um dia só

O caso Americanas ainda é um mistério. Não se sabe muito, exatamente do que aconteceu mais tem algumas especulações sobre o rombo de R$20 bilhões. Vamos entender o caso.

Sérgio Rial era CEO do Santander, um dos maiores credores da Americanas e como isso funcionava. Para a empresa comprar com desconto, pagava a vista seus fornecedores, mas recebe parcelado dos clientes, então para ter caixa, o banco paga os fornecedores e cobra da Amercicanas.

Até aonde se sabe, não sumiu os R$20 bilhões, mas há uma “maquiagem contábil”, ao invés de considerar dívida com o banco e despesa financeira, a conta no balanço foi creditada no fornecedores. Todos os dois são passivos e caracteriza dívida da empresa, mas como ficou atribuído a uma dívida fornecedor e não financeira, a alavancagem do banco, ficou mais baixa. Ou seja, ele está trabalhando com dinheiro do banco que paga juros e não do fornecedor.

Como a dívida no sistema financeiro é alta, os bancos começam a limitar os empréstimos e é aí, que a Americanas pode passar apertado. A margem de Lucro Operacional é muito baixa e as empresas precisam de constante financiamento e como estamos em um momento de juros alto, não teria período pior para isso acontecer.

Rial pediu demissão depois de 11 dias trabalhando na empresa, como ele já vinha do Santander e naturalmente viu as contas da empresa antes, já tinha desconfiado de alguma coisa e para não ter um conflito de interesse do emprego atual com o anterior, pediu demissão. Segundo os ex-CEO o problema se arrasta a 7 anos, e R$ 20 bilhões é a melhor a estimativa que ele fez. O problema pode ser muito maior.

Outro medo do mercado que a mesma empresa que audita os balanços da Americanas faz o serviço para Magazine Luiza.

Ações caíram 77% no dia de ontem.

EUA: Temporada de balanços de olho nos bancos

Nos EUA começa a temporada de balanços de 2022, tão aguardando pelo mercado para ter real dimensão de como anda a economia americana na ótica das empresas. Os bancos são como se fosse o termômetro dessa crise. Se vierem fortes a mercado dá um suspiro e aumenta as apostas do juros subir 0,25% em fevereiro.

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