Política:
Com a escalada do petróleo e Bolsonaro atrás de Lula nas pesquisas eleitorais, Gleise Hofman, presidente do PT, fez uma declaração ontem não deixando dúvidas de que, se eleito, Lula irá acabar com a política de preços da Petrobrás.
Uma das justificativas de Gleise é que o Brasil possui um dos menores custos de produção do mundo e que não faz sentido ter o preço atrelado ao dólar.
Internacional:
G7 e Otan se reúnem hoje para discutir estratégias para isolar Moscou economicamente e reduzir a dependência da Europa das fontes energéticas da Rússia e para discutir de que calo a China está.
Nos últimos dias Biden tem criticado de forma mais dura a posição da Rússia, alegando crimes de guerra contra a Ucrânia, deixando o conflito mais tenso. Isso fez o petróleo subir mais de 5% e superou a marca dos U$120 o barril.
Ainda, uma tempestade em um óleo duto russo no Mar Negro pode fazer com que a Rússia e o Cazaquistão reduzam temporariamente a produção de petróleo em até 1 milhão de barris por dia.
Isso fez com que as apostas contra o “cenário alternativo” do BC ficasse comprometido e os investidores atuassem contra as expectativas do BC.
Com as tensões da guerra e também com as expectativas de aumento dos juros lá nos EUA, as bolsas americanas sentiram a busca por proteção dos investidores: Dow Jones, S&P500 e Nasdaq caíram ontem.
Bovespa:
Com um fluxo de mais de 18 bilhões de reais de capital estrangeiro apenas no mês de março, o IBOV se segurou bem ontem, ficando positivo em 0,16%. Já são 6 pregões seguidos de alta!
As altas foram difusas, e destaque para as petrolíferas que seguiram a alta do petróleo. A Petróbras poderia ter subido mais se não fossem os ruídos em relação à troca do presidente Silva e Luna.
Já a Vale não tem conseguido acompanhar a alta do minério que não está compensando na mesma proporção a queda do dólar. Por ser exportadora, sua receita é afetada tanto pelo preço da commoditie quanto pela cotação do dólar: quanto mais baixo, pior.
O mesmo aconteceu com os frigoríficos, que caíram em bloco ontem.
Destaque positivo para as varejistas que subiram forte ontem com as declarações do BC de que haverá apenas mais um aumento de juros. No entanto, não é consenso do mercado que isso realmente será seguido pelo BC e que o Petróleo ficará abaixo dos 100 dólares até o final do ano para confirmar o Cenário Alternativo que o BC propos.