Política:
Secretários do ministério da Economia ontem pediram demissão. Destaque para o Secretário do Tesouro, Funchal, mas ele não foi único. Paulo Guedes já é visto com “agua com açúcar” ou “ponto neutro” sua permanência ou não no governo já não faz tanta diferença quanto antes. O mercado ontem estressou e não deveria ser só ele e sim toda POPULAÇÃO BRASILEIRA.
O que os políticos estão fazendo e vamos deixar claro, não é só o Presidente, ele puxa o bonde, mas quem faz as leis e vota são os deputados e senadores que tem igual ou maior responsabilidade pois teriam poder para travar a fome por dinheiro, mas na verdade dão é apoio e querem mais.
O problema de ontem, não começou ontem, mas foi ontem que a barreira tênue foi rompida. O governo já gasta mais do que arrecada desde 2014 em 2017 é aprovado no governo Temer um projeto para controlar as despesas de Brasília dentro de um equilíbrio e reajustado pela inflação. Em 2020 com a pandemia, um orçamento paralelo é criado, ok, estamos em crise antes nunca vivida e medidas inéditas são necessárias. Tomado pelo populismo que auxílios financeiros geram no curto prazo deputados, senadores e presidente, querem mais e aí que vira o problema. O que era para ser pontual, específico e temporário está a um passo de se tornar definitivo. Menos de 4 anos depois de criado o teto dos gastos públicos que colocou o Brasil em rota de crescimento, baixa taxa de juros, prosperidade econômica foi quebrado ontem pelo governo.
Secretários do ministério da economia, fieis aos seus ensinamentos e com vontade de levar o Brasil para frente pedem demissão no dia de ontem dizendo, dessa forma, não quero contribuir para o Brasil, pois gastos sem limites não há contribuição a não ser para elevar a inflação, a pobreza e a recessão.
Qual a dificuldade de políticos perceberem o mal que faz as medidas eleitoreiras e populares de gastar dinheiro que não tem, a troco de juros altos que serão pagos por todos lá na frente? Até que ponto a reeleição e poder está acima do bem e dos objetivos para que forma eleitos?
É assim que começamos essa sexta, 22 que está pior do que um filme de terror. Em sua live, ontem Bolsonaro disse
“Fica o mercado nervosinho. Se vocês explodirem a economia, vão ficar prejudicados também”.
A arrogância e prepotência leva a cega alienação de um governo e congresso que só quer ser reeleito, não importa o custo que isso gere. A Venezuela está 20 anos na nossa frente, Argentina, talvez uns 7, mas infelizmente ontem demos mais um passo para o mesmo caminho populista.
Através de uma contabilidade criativa para furar o teto tentando tampar o sol com a peneira a PEC do Precatórios ontem foi aprovada na Comissão Especial mudando o intervalo de cálculo de inflação, onde deveria ser julho a junho, foi para janeiro a dezembro, favorecendo um gasto maior de R$39 bilhões além dos R$40 a R$50 bilhões que a própria PEC irá economizar, diga-se “deixar de pagar a quem deve agora, para financiar em 10 anos, ou pagar a vista com desconto”. Trazendo a realidade a mudança criará um aumento de gastos de R$94 bilhões, bem acima dos R$30 bilhões necessários para fazer um auxílio emergencial, o que abre espaço para emendas parlamentares, na prática é dinheiro para deputado torrar no seu curral eleitoral do jeito que quiser para se reeleger.
Ainda não é o fim, a medida foi aprovada em comissão especial, ainda precisa passar pelo Câmara e Senado e depois para sansão presidencial. Está na hora do povo acordar e entender que dessa farra, quem paga conta somos nós.
Internacional:
Evergrande pagou ontem US$83,5 milhões de sua dívida que tinha vencido a 30 dias, o pagamento ocorreu um dia dela virar tecnicamente inadimplente.
PMI no Japão sobe, mostrando que a economia por lá está melhorando. O Japão é um país importante para medir a economia na Asia e entender se há um deslocamento de demanda da China para lá.
Biden disse ontem que se necessário, defenderia Taiwan em caso de um ataque da China. O cenário geopolítico lá é tenso com maiores intervenções da China sobre a ilha.
Bovespa:
Bovespa caiu em lote ontem, com mais uma crítica ao governo. Ainda não há fundamento para queda mas uma especulação de que caso o governo realmente caminhe para o populismo sem freio, a economia nos próximos anos deve perder o ritmo e velocidade que começou em 2016.
O IBOV serve como o termômetro mais rápido para medir o mau humor dos investidores que bateram venda fazendo a bolsa cair mais de 4% dentro do dia mas recuperou nos últimos 90 minutos, afinal de contas os papeis já estão muito baratos e a queda é uma especulação do que poderá ocorrer no Brasil caso realmente tenha um descontrole público, se os políticos voltarem atrás, veja o tamanho do upside que temos hoje, com uma inflação em 2021 em 10% e uma SELIC a 6,25% com alta até 8,25% ainda esse ano.
Estamos em um momento de muita emoção e nunca foi tão necessário racionalidade.
Racionalidade para os governantes, Racionalidade para a população saber o que cobrar, racionalidade para calcular o valor das empresas e racionalidade, para separar ruído de fundamento.
Boa sexta e Deus ajude o Brasil.