Hunter View 21/09

Esta é a primeira edição do Hunter View, trazendo para você as principais notícias da semana.

Nosso 21 de setembro começou movimentado, com as bolsas mundiais operando em baixa após acusações contra bancos globais e temor sobre casos de coronavírus.

Na semana passada o IBOV fechou em queda de 0,7% / 98,289 pontos
O real fechou em queda de -1,42% em relação ao dólar, fechando em R$ 5,39/USD


Política:

Esperamos que nessa semana seja apresentado o novo projeto do Bolsa Família, após análise feita pelo Senador Márcio Bitar, relator do projeto do pacto federativo. A ausência da equipe econômica dessa discussão gera desconforto aos investidores.

A agenda econômica desta semana reserva a Ata do Copom, inflação (IPCA-15) e o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), mas a atenção continua voltada para o Palácio do Planalto. O governo brasileiro está sob pressão por conta dos incêndios em biomas únicos do Brasil. A cúpula defende que as críticas internacionais e nacionais são fruto de desinformação num movimento de perseguição contra o Brasil, mote do discurso de Jair Bolsonaro na ONU amanhã. Para a semana, também há expectativa para a divulgação de um novo programa social que irá substituir o Renda Brasil.
Nosso presidente irá passar por uma nova cirurgia na sexta-feira para retirar cálculo na bexiga, não é nada grave mas inspira cuidados.


Internacional:
A morte da juíza na suprema corte dos EUA Ruth Bader Ginsburg, abre discussão importante para nomeação para mais alto comando do judiciário, os Republicanos (partido do Trump) têm especial interesse por essas nomeações para manter uma visão mais conservadora.
Entretanto é de boas práticas não se nomear um supremo juiz em ano de eleições.
Trump já disse que vai tentar fazer o mais rápido possível e tal postura pode prejudicar sua imagem nas eleições. Nomeação precisa passar pelo senado, que é ainda, majoritariamente republicano.
Devido a pandemia as eleições terão maior quantidade de votantes pelos correios e Trump levanta a possiblidade de fraude pelo partido de oposição e que não aceitará posição contrária. Tal postura levanta desconforto e traz ainda mais volatilidade até 03 de novembro data marcada para as eleições.

O atual presidente tem 43% das intenções de voto, contra 51% de Joe Biden.

Segunda onda do COVID19 na Europa traz uma semana difícil nos mercados globais, apesar dos principais líderes europeus já se manifestarem contra uma nova quarentena que iria afetar fortemente a economia. Apesar do aumento de novos casos, internações e mortes são bem menores o que mostra que a humanidade está sabendo lidar melhor com o vírus e os tratamentos estão sendo mais eficazes.

Bolsas no mundo todo abrem em queda nessa segunda aguardando o desenvolvimento da semana.

Na semana anterior, mercados emergentes se mostraram mais resilientes a quedas dos que os mercados desenvolvidos, a princípio porque subiram menos (EUA por exemplo chegaram a bater sucessivas máximas históricas pós pandemia)


Bovespa:
Política e economia vem se descolando; enquanto a política pesa em indefinições e atritos a economia vem mostrando sinais de recuperação melhores do que previsto. Baseado em todo cenário internacional, a bolsa brasileira, que subiu menos que as demais sofre instabilidades no curto prazo.

Em setembro encerra o 3 Trimestre do ano, resultado dos balanços só devem sair no final de outubro e início de novembro, onde teremos mais dados conclusivos para mensurar como tem sido a recuperação das empresas nesse trajeto final da pandemia e como a melhora dos indicadores econômicos refletem nos resultados das empresas.

Não deixe de acompanhar o Café Econômico em nosso canal do YouTube para se manter atualizado durante a semana. De segunda a sexta às 8h20 da manhã.

Bons negócios e conte conosco nos investimentos!