Política:
Presidentes do Senado e Câmara fecharam um acordo para o precatórios, há críticas e elogios, depende de como você quer enxergar.
A proposta é, usar o limite de R$49 bilhões em 2022 e o que passar disso (até R$89 bi) ficará para 2023 ou será quitado em condições especiais como: Pagar com 40%, parcelamento em 10 prestações corrigidos pela SELIC, usar o crédito para comprar imóveis públicos, pagar outorgas, adquirir participações societárias e antecipar valores de partilha de petroleo.
Objetivo é solver isso no congresso nas próximas 3 semanas. O mercado aparentemente gostou, porque é um problema a menos para fazer conta, mas economistas criticam a abertura no orçamento para uma pedalada constitucional, ao empurrar dívidas de um ano para frente com o objetivo de usar a folga fiscal para assistencialismo com fins eleitoreiros.
Economia:
IOF. Aumento do imposto para financiar o Bolsa Família em 2022 pode ser questionado no STF por ações individuais, pois imposto não pode ter finalidade arrecadatória específica como é o caso.
SELIC hoje vai para 6,25% ninguém duvida, mas o caso Evergrande e a derrubada dos preços das commodities pode puxar inflação para baixo e BC deve ser mais cauteloso daqui em diante com os aumentos para não promover recessão econômica com aperto fiscal acima da necessidade.
Internacional:
Hoje teremos taxa de juros as 15h entrevista do Powell as 15:30h a expectativa é de que a taxa seja inalterada mas há interesse especial para saber sobre a política do tapering e sinalização do timing da redução gradual dos estímulos nos EUA.
Pedaladas nos EUA e gastos acima do orçamento. Foi aprovado no congresso o fim do teto dos gastos públicos até 2023. Na prática, a gestão Biden pode gastar o quanto quiser, sem se preocupar com o rombo da dívida para o futuro. Apesar de ter passado na Câmara, o Senado que é misto, deve encontrar forte resistência do partido Republicano.
Evergrande. A bloomberg informou ontem a noite que a gigante chinesa do setor imobiliário honrará amanhã o pagamento de juros de um título para 2025, na tentativa de restaurar a confiança do mercado.