Política:
PEC dos Precatórios. Ontem foi votado e aprovado em primeiro turno da revisão pela Câmara do texto, que foi alterado no Senado. Ainda falta votar o segundo turno e votação dos destaques.
Deputados acabaram aceitando o carimbo do dinheiro na PEC e mantiveram o limite de pagamento até 2026. Dando tudo certo hoje o texto vai para sanção presidencial.
Bolsonaro nem esperou a PEC ser definitivamente aprovada e já quer gastar parte do dinheiro dando aumento a Policiais Federais. Fez reunião com os diretos da PF e Paulo Guedes para discutir o assunto e disse “interesse de todos vocês”. O ministro da Justiça, Anderson Torres estima que o custo com os aumentos salariais seria de R$2,8 bilhões em 2022 e somaria R$11 bilhões em 3 anos.
Votação do novo Ministro do Tribual de Contas da União, que faz as investigações e auditoria no governo. O Planalto queria que fosse o líder da base governista Fernando Bezerra, que só teve 7 votos, contra Antônio Anastasia que foi eleito com 52 votos o que coloca Bolsonaro no mínimo, desconfortável.
Marco das Ferrovias foi aprovado ontem que vai gerar mais de R$150 bilhões de investimento privado no setor.
Internacional:
Inflação ao produtor PPI atingiu a marca anual de 9,6% e com isso veio o receio de hoje o FED ser mais agressivo na subida da taxa de juros e corte do tapering. O FED tem reunião e será divulgado as 16h.
Se confirmado as expectativas, o FOMC deverá elevar em 50% o volume dos títulos do Tesouro e dos papeis lastreados em hipotecas que deixará de comprar mensalmente, a partir de janeiro. Se isso acontecer o tapering acabará em março/22 (antes era junho/22) e com isso aumenta as apostas de que deverá subir a taxa de juros mais rápido.
Essas medidas devem gerar uma corrida de investimentos e repatriação de dólar nos EUA, o que pode fazer o índice DXY subir e consequentemente puxar o dólar aqui para alta, no curto prazo. Eu, Filipe, já não acredito em uma alta do dólar e sustentação porque o Brasil é um ótimo pais para se se investir em Renda Fixa com rentabilidade acima de 10%, com reservas suficientes em dólar para atrair capital estrangeiro (smart money) fugindo de taxas de 0% na Europa e EUA.
Com o cenário de crise energética sendo um problema menor na China, a produção industrial por lá começa a subir em novembro 3,8% melhor que os 3,5% de outubro e acima da previsão de 3,7%.