Café Econômico

PEC: Dos males o menor

Finalmente conheceremos a versão final da PEC dos Precatórios

Política: 

A versão final será lida hoje, as 09:30h no senado pelo relator Fernando Bezerra que vem com sete mudanças em relação a proposta da Câmara e um drible na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para tornar o Auxílio Brasil de R$400 permanente mesmo sem fontes de receita.  

A ideia seria votar hoje na CCJ e amanhã no senado, mas foi adiado para próxima terça, dia 30 para que os líderes partidários costurem todos os votos necessários. Se fosse hoje a votação teria 16 votos a favor dos 14 mínimo necessário.  

Das mudanças, as mais significativas são: carimbar o dinheiro da PEC para medidas sociais, despesas com saúde, previdência e assistência social, desoneração da folha salarial de 17 setores da economia, além do pagamento do FUNDEF aos estados. 

O ponto mais polêmico é criar um aumento de receita sem origem e achar que está tudo bem. Apesar de ser uma irresponsabilidade fiscal, a alteração na lei legaliza a irresponsabilidade.  

Marco do Câmbio (PL Cambial) foi adiada para uma ou duas semanas no senado. Notícias foi recebida com alívio para concentrar esforços na PEC dos Precatórios.  

Economia: 

Em entrevista ao Financial Times, Guedes dispara:  “eles (os bancos) estão tentando afetar a eleição” com suas previsões de um cenário desafiador para o país, e disse mais, “É claro que eles estão errados. Ou estão errados ou são politicamente militantes. Eles estão tentando afetar a eleição… Eles ainda não aceitaram a eleição de Bolsonaro em 2018”.  E ainda concluiu “Vamos voltar a surpreender o mundo. Não estou me gabando, apenas dizendo que vocês sempre nos subestimaram.” 

Internacional: 

Guerra do Petróleo. EUA, Japão, Índia, Coreia do Sul e Reino Unido anunciaram ontem a utilização de 500 milhões de barris de petróleo das reservas estratégicas e o tiro pode sair pela culatra. A Opep fará reunião na proxima semana e poderá cancelar o plano de aumento de produção.  

Bovespa: 

O mercado ontem reagiu bem, apesar da irresponsabilidade fiscal (gastos permanentes sem fonte de receita) dos males o menor. Vários gestores entrevistados pelo portal de notícias Broadcast sinalizaram que já não esperam mais nada nos próximos meses do governo e já consideravam que esse gasto se tornaria permanente em algum momento. Mais importante do que isso é ter certeza que o buraco será só esse.  

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