PT com dificuldades começa a discutir uma PEC híbrida
Com grandes dificuldades de aprovar uma PEC que tira todo o Auxílio Brasil do teto dos gastos e crie um rombo fiscal no país, o PT já sem tempo para aprovar praticamente nada, tenta uma nova medida, aprovar uma PEC híbrida. A ideia seria assim:
Retirar o Auxílio Brasil do controle dos gastos, o que abriria espaço para R$70 bilhões no orçamento e aprovar a PEC de Tasso de R$80 bilhões (que originalmente é para acomodar o Auxílio Brasil) mas aprova-la para qualquer tipo de gasto e reduzir o prazo de 4 para 2 anos. Aí, somando dá os R$150 bilhões que o PT quer. Uma nova forma de contar o mesmo número duas vezes.
Arranjo político: Uma PEC, precisa ter 10 sessões na CCJ para depois ir para o plenário do Senado para ser aprovado em dois turnos, de alguma forma o PT quer fazer isso tudo na semana que vem.
Bancos internacionais ajustam projeção do PIB do Brasil
Nesse mar de notícias ruins que a mídia gosta de divulgar, temos uma ótima notícia que já vínhamos falando aqui. O PIB do Brasil não para de crescer, e ontem saiu o resultado do 3Tri/22 que veio em 0,4%, um pouco abaixo do esperado que seria 0,7% mas foi suficiente para mostrar o crescimento do país nesse ano de 2022 e fazer com o que os bancos corrigissem a projeção do do nosso PIB em 2022 para acima de 3%. Veja a previsão dos bancos:
Barclays (Inglês): de 2,7% para 3,1%
Goldman Sachs de 2,9% para 3,2%
FGV de 2,7% para 3,0%
Terra Investimentos: de 2,9% para 3,2%
Itaú: manteve 2,7% com viés de alta.
Revisão da aposentadoria do INSS para a vida toda
Ontem foi aprovado pelo STF revisão dos benefícios do INSS com base na vida toda. O cálculo do impacto nas contas públicas vai de R$46 bilhões até R$360 bilhões pelos próximos 15 anos, além dos R$120 bilhões de pagamento imediato.
Ainda falando de previdência, a equipe de transição afirma que quer mexer em duas regras da aposentadoria, por invalidez e pensão por morte. O objetivo é aumentar os valores.
A Guerra dos EUA contra a inflação
Hoje é dados de payroll nos EUA, o que vai mostrar a geração de emprego que deve aumentar em 200 mil em novembro, um pouco menos que outubro que foram 261 mil. O desemprego deve ficar em 3,7% muito baixo e com os aumentos de salário pode gerar uma pressão inflacionária forte. Esse é o temor de Jerome Powell, por isso ele quer subir mais o juros e estabilizar perto de 5% para entender como o mercado irá reagir e qual será a pressão que o juros fará na economia. Como ainda está tudo muito errante, é complexo dizer que não precisará subir ainda mais, mas o momento exige cautela.
