Café Econômico

Quando não ter reformas é bom | IBOVESPA é a bolsa que mais subiu ontem em todo o mundo.

Reformas adiadas e o mercado sobe mais de 2% Rodrigo Pacheco defende Reforma Tributária ampla PEC 110 Bolsonaro sede "queria um pouco mais que R$300 para o novo bolsa família" Mercado aguarda entrevista de Guedes sobre Dividendos Reforma Administrativa será apresentada sexta e gera expectativa PEC dos precatórios deve contemplar um acordo entre poderes Campos Neto: Economia do Brasil está voltando a pré-crise STF pode decidir hoje sobre independência do Banco Central

Política: 

Quando as reformas é tão ruins que não tê-las é muito bom. Sim, foi exatamente isso que aconteceu ontem, quando presidente da Câmara disse em evento para investidores que não pautaria a reforma tributária essa semana ou a PEC dos precatórios  “Mudamos um pouco a estratégia” e ainda completou “Para deixar claro, não vamos praticar irresponsabilidade fiscal”.  

Rodrigo Pacheco não perdeu a oportunidade de um holofote, com o Lira sendo a estrela do dia e ainda fazendo a bolsa subir, ele voltou a dizer que uma reforma tributária tem que trazer simplicidade, como a PEC 110 que tramita no senado e não uma reforma que aumenta imposto, como a que tramita na Câmara. 

Com  o mercado dando sinais claros do que quer (bolsa cai com Reformas e fura-teto e bolsa sobe sem elas) até o Bolsonaro não quis ficar de fora do hype de ontem e se divide em discurso. Em entrevista ao Canal Rural disse que gostaria de ir um pouco além dos R$300 para o novo Bolsa Família, mas tem que ter responsabilidade e não dá para furar o teto.  

Com todo esse discurso, agora vamos ver o que vem do Guedes, em entrevista ainda essa semana. Será que ele vai defender sozinho a cobrança dos dividendos ou entendeu o recado? 

Agora só resta o mercado aguardar o que vem pela frente na reforma Administrativa, mas não há muito espaço para surpresas desagradáveis 

Mercado – Wins the battle, not the war.  

Sobre a PEC dos Precatórios Lira tentou fechar um acordo com o STF para viabilizar uma saída, mas Fux deixou claro que vai esperar finalizar a discussão no congresso (senado) para o que o acordo não torne inócuo.  

Economia: 

Em entrevista ontem o presidente do BC relembra alguns números e reconheceu que há ruídos com o programa ligados a Bolsa Família que podem aumentar os gastos mas disse que os números de endividamento do Brasil estão muito pertos dos níveis pre-pandemia  

Sobre inflação ele reforçou que o BC vai perseguir a meta no horizonte relevante (2022) 

Nos bastidores especula-se a insatisfação do Bolsonaro com a independência do BC e por não poder interferir politicamente na economia mais como os antes era feito por todos os presidentes. Hoje o STF decide sobre a constitucionalidade da independência do BC já que o governo recorreu da lei aprovada. Pode ser que esse stress entre os poderes agora seja benéfico para manter a independência do BC que nos torna mais sólidos.  

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