Café Econômico

Todos contra o petróleo

Não há consenso para PEC (isso ainda é bom)

O PT está jogando contra o tempo, afinal a PEC tem que ser aprovada na Câmara e Senado em dois turnos até o dia 15 de dezembro, quando nossos representantes param de trabalhar e entram em recesso. A oposição das pessoas e do mercado com a festa dos gastos públicos está pressionando o congresso a tomar medidas de austeridade. A cada dia surge uma nova proposta de PEC alternativas e é na Câmara que o futuro governo encontra maior resistência. Tasso Jereissati (PSDB) propôs uma PEC no extrato de R$70 bilhões por quatro anos. Mas o Lula é absolutista e quem vai bater o martelo é ele, quando voltar a Brasília.

STF suspende investigação a FGV que chegaria no Supremo

A instituição Fundação Getúlio Vargas é amplamente reconhecida no país pelo seu bom trabalho e qualidade. Por isso mesmo tem facilidade em serviços que dispensam licitação. A PF fez uma busca e apreensão na sede da empresa por suspeita de beneficiamento político. A acusação é que a o políticos contatavam a empresa sem licitação para fazer um serviço que terceirizava para empresas “amigas” de políticos e magistrados evitando assim o processo de licitação. A investigação tinha grande chances de chegar no STF e teve o processo suspenso pelo Gilmar Mendes.

Seccionais da OAB questionam decisões de Moraes

A corta está ficando cada vez mais esticada. Pessoas na rua, censura do STE que permite questionando sobre as eleições como se o que aconteceu é verdade e tem que se aceita, manifestos das forças armadas, pedido de anulação de urnas não auditáveis, processo na OEA e agora a OAB engrossa o coro, onde presidentes da OAB de pelo menos estados encaminharam ao Conselho Federal da entidade um pedido de análise, em regime de urgência, da constitucionalidade e legalidade de Alexandre de Moraes, criticando “violações a garantias constitucionais e prerrogativas profissionais, especialmente em relação ao acesso aos autos para o devido exercício da ampla defesa e contraditório”.

Vamos ter quer revisar os números do Brasil para baixo

Em evento nessa segunda feira, a Solange Srour, economista chefe do Credit Suisse no Brasil, disse que a questão fiscal vai determinar o cenário de inflação e juros não só para 2023, mas também para 2024. “Eu trabalho com cenário base de que, no primeiro ano, o novo governo vai tentar resgatar a credibilidade. Caso isso não aconteça, a gente vai ter que revisar crescimento para baixo, inflação para cima e juros voltando a apertar”.

Segundo especialistas ouvidos pelo Broadcast, a expansão de despesas previstas na PEC pode elevar a divida bruta do pais em até R$50 bilhões em 12 meses, em um horizonte de 4 anos (até 2026) período do mandato do Lula, nossa relação dívida PIB pode chegar a 89,15%.

Efeito Lula no mercado gera fuga de capital estrangeira

O partido do PT nem assumiu o país mas já está dando o que falar. As propostas de gastos beirando ao absurdo e a irresponsabilidade mesmo que não concretizada, já traz o desgaste da fala do presidente eleito relevando a importância econômica. Ontem Morgan Stanley rebaixou sua recomendação para a bolsa brasileira de “overweight” (acima da média do mercado) para neutra, citando o “fiscal mais solto” que “reduz a chance de uma nova nomeação ortodoxa para o ministério da economia”. Com isso teve saída de R$1,63 bilhão da B3 no último pregão de quinta, quando Lula disse sua célebre fase “Bolsa vai cair, dólar vai subir e paciência”.

Todos contra o petróleo

G7 pretende colocar um teto na compra de petróleo Russo ao mesmo tempo que a OPEP quer aumentar a produção em 500 mil bpd na próxima reunião em 04/12. Aliado a isso a China tem comprado menos petróleo por causa da política do COVID zero. A soma desses fatores tem derrubado o preço da commoditie no mercado para 88usd

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