Política:
Ontem teve votação no congresso sobre a PEC do voto impresso e para um assunto que basicamente só o Bolsonaro levantava a bola, foi até uma disputa bem divida. Foram 229 votos a favor do voto impresso contra 218 e 65 abstenções. Faltaram 79 votos para a PEC ser aprovada e seguir adiante, mas não foi dessa vez.
PEC dos Precatórios ainda rende no mercado financeiro. Ontem a noite, o ministério da Economia admitiu que mudou a regra de ouro na proposta para ter maior agilidade na disponibilização de recursos. Se for aprovada, o governo estará dispensado de pedir ao Congresso autorização específica para créditos suplementares ao Orçamento. Ou seja, para gastar mais do que está previsto no orçamento, basta o Executivo querer e tá tudo bem! Esse dinheiro virá de venda de ativos, imóveis e privatizações.
É no mínimo vergonhoso o que o congresso está tentando fazer. Votar um assunto tão importante para o país as pressas e de qualquer forma sem mesmo ter um texto definido. A votação será hoje mas o texto ainda não está finalizado, não há consenso. Toda hora aparece uma emenda, um anexo, um ajuste de interesse de classes.
Economia:
Hoje teremos venda a varejo, que sai as 09h. Em maio veio 1,4%, expectativa é de 0,7% em junho.
Quanto mais contabilidade criativa o congresso e governo criam, maior o risco da economia gerar inflação e consequentemente aumentar o juros e por isso a curva DI não para de subir.
A inflação de julho veio em linha com o esperado, 0,96%mas foi o mais alto para mês desde 2002 e levou a inflação de 12 meses para 8,99%.
Internacional:
Faltam duas semanas para a reunião de Jackson Hole, onde há expectativa do FED sinalizar quando irá acabar com tapering, estímulo a economia. Sinais indicam que deve ocorrer no fim do ano.